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Ferramenta digital que mapeia acidentes na construção civil


Postada em 24/12/2018 às 11:07


O segmento da Construção de Edifícios apresentou o maior número de casos de invalidez permanente no último ano, com 364 registros. Os dados apresentados no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, da Previdência, revelam os riscos de acidentes dentro da construção civil.

Pensando em mitigar esses dados, o SESI criou uma ferramenta digital que usa inteligência artificial para monitorar em tempo real os riscos de acidentes dentro da construção civil.

A ferramenta tem como objetivo principal reforçar a gestão presencial de técnicos de segurança do trabalho. Contribuindo para atender aspectos legais de segurança e saúde no trabalho, mapeando o comportamento dos trabalhadores na obra e, em caso de irregularidades, verificando a necessidade de treinamentos. As informações captadas são enviadas a um aplicativo acessível aos gestores de segurança e saúde da empresa para a tomada de decisão em tempo real. Entre os riscos avaliados pela tecnologia está a entrada de empregados não-autorizados em áreas de serra e vergalhões.

Pesquisadora no Centro de Inovação do SESI em Tecnologias para a Saúde de Santa Catarina, Juliana Teixeira, explica que a ferramenta surgiu com foco na construção, frente ao elevado número de acidentes no setor e os índices de ações junto à Justiça do Trabalho. “O princípio da nossa solução é que o trabalhador comece a entender os riscos que tem no ambiente de trabalho e comece a cuidar da sua própria segurança”, observa.

A pesquisadora conta ainda que a ferramenta possui três modelos de atuação : o módulo regulatório, com inspeções, check-lists, tudo para saber em que nível a empresa está em oferta de segurança no ambiente de trabalho. No final desse módulo, recebe um relatório monetizado mostrando quais multas estaria correndo o risco de receber por conta das falhas e um ponto a ponto de soluções. No segundo módulo, o de informações, a empresa cadastra informações dos trabalhadores, como atestado e entrega de equipamento de proteção individual; e forma um banco de dados.

Pesquisa realizada pela entidade mostra que, para 76,4% dos gestores, a importância dada pela indústria brasileira ao tema crescerá nos próximos cinco anos.